19/12/2018

O Remi, bugio-preto (Alouatta caraya) do zoológico do Parque Temático Cidade da Criança, recebeu na última sexta-feira, (14), um Enriquecimento Ambiental especial para comemorar o Dia Mundial do Macaco.

O Enriquecimento Ambiental é uma forma de tirar os animais de sua zona de conforto, por meio de atividades que alteram a rotina. “Esse método de proporcionar bem-estar ajuda a diminuir o estresse, automutilação, agressividade ou movimentos estereotipados”, explica a bióloga Isabela Alves de Lima Sakita.

“Quando vamos fazer o enriquecimento sempre pensamos no animal em questão, tanto na espécie que possui hábitos distintos entre si, quanto no indivíduo que possui suas particularidades. Dessa forma pensamos qual atividade possibilita maior interação, porém o animal consiga fazer para não ficar frustrado”, completa a bióloga.

As atividades do enriquecimento ambiental podem ser classificadas em sensorial (estimula os sentidos dos animais: olfato, visão, audição, olfato); cognitivo (o animal deve “pensar” no que fará para resolver a atividade); social (quando animais diferentes em espécie ou indivíduos interagem entre si), físico (artefatos dentro do recinto que possibilitem diferentes atividades dos animais no local); alimentar (a atividade inclui alimentos que o incentivem a participar a atividade).

Toda a atividade é avaliada pela equipe técnica com o objetivo de estudar a adesão ou não do enriquecimento ambiental. A ação aplicada com o bugio pode ser classificada em sensorial, cognitiva e alimentar. A equipe técnica ofereceu uma bola formada por galhos retorcidos, na qual abrigava alimentos que pertencem a dieta do animal, como beterraba.

E também um pacote de presente, que escondia bananas e um brinquedo de pelúcia, um macaquinho em alusão ao Dia do Macaco para que o bugio Remi interagisse com o brinquedo.

“O enriquecimento ambiental do Remi foi sensorial, porque esfreguei banana para estimular o olfato dele, cognitivo, pois ele deveria pensar em como abrir o saco de presente e pegar as beterrabas que estavam escondidas, e alimentar já que eram os alimentos que o estimulavam a interagir com o enriquecimento”, explica Isabela.

Alimentação

O bugio-preto Remi, assim como todos os animais do plantel do zoológico do Parque Temático Cidade da Criança, recebe alimentação balanceada e preparada pelos tratadores da cozinha do hospital veterinário, sob a supervisão da zootecnista Glenda Rosa Siqueira Santos.

“O bugio alimenta-se de folhas, frutas e ração para primatas. Os alimentos favoritos do Remi são banana, beterraba e flores de hibisco, atualmente a dieta dele é planejada com intuito de emagrecimento, pois está acima do peso”, comenta a zootecnista.

“A alimentação é dividida em duas porções, no período da manhã o Remi recebe ração para primatas. E a tarde, em uma bandeja, são disponibilizados os outros alimentos do cardápio desenvolvido para ele. Em dias quentes os alimentos são mais leves, podendo ser oferecidos, inclusive, como sorvetes feitos com água e frutas”, completa Glenda.