06/08/2020

O zoológico da Cidade da Criança abriga no plantel duas espécies em ameaça de extinção, o casal de mutuns-do-penacho (Crax fasciolata), e uma fêmea mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii), estes são exemplos de animais que sofrem com a perda de habitat, caça, ou outras ameaças à sobrevivência na natureza.

“Um dos principais papéis do zoológico é atrair a atenção das pessoas para o declínio da diversidade de fauna na natureza, e educar a população no combate ao desmatamento ou o tráfico de animais silvestres, por exemplo. Nossa equipe utiliza as publicações da série Bastidores do Zoo para levar informações como essas a um público cada vez mais diverso”, conta o coordenador do Hospital veterinário, Túlio Henrique de Oliveira Barcelos.

O mutum-do-penacho está classificado como vulnerável de extinção, ou seja, a espécie enfrenta um risco elevado de deixar de ocorrer na natureza em um futuro bem próximo, caso não ocorram melhorias nas condições de sobrevivência e reprodução natural.

Enquanto o mutum-do-sudeste está em perigo de extinção, esta é a segunda classificação mais grave para espécies na natureza, indica que provavelmente será extinta num futuro próximo. Ave endêmica da Mata Atlântica, porém apesar de haver trechos preservados do bioma em nossa região, não há registros em vida livre nas proximidades.

A Cidade da Criança está fechada para visitação pública, como medida preventiva contra a transmissão do novo coronavírus. Por enquanto, a equipe do hospital veterinário oferece passeios virtuais, por meio de postagens nas redes sociais sobre a rotina de tratamento dos animais do zoológico.

29/07/2020

Você sabe o que é dimorfismo sexual? O pavão-indiano (Pavo cristatus) é um dos principais exemplos, entre os animais, ao apresentar diferenças físicas, não sexuais, entre machos e fêmeas, com a intenção de atrair a parceira ou obter vantagem durante a seleção sexual.

O pavão apresenta pescoço azul e coloração policromada das penas do dorso, já a fêmea da espécie possui pescoço verde e o corpo cinza. O dimorfismo sexual, como penas com cores diferentes, ou a juba dos leões, por exemplo, atribui ao animal maior ou menor vantagem durante o período reprodutivo.  

Conceito criado por Charles Darwin, a seleção sexual é a competição entre machos, não gerando benefício de sobrevivência no habitat da espécie, mas sim vantagens reprodutivas. A bióloga Isabela Alves de Lima Sakita explica que, no caso dos pavões, são padrões de cores das penas e vigor do animal que geram a escolha da fêmea.

“Dessa forma acaba ocorrendo uma seleção sexual que faz com que os descendentes desses animais tenham padrões de desenhos e cores sempre exuberantes para atração das fêmeas”.

No mais recente episódio da série Bastidores do Zoo, a equipe do hospital veterinário comenta as principais características do pavão-indiano. As publicações, com conteúdos a respeito do trabalho no zoológico, ficam disponíveis nas redes sociais e site da Cidade da Criança.

A visitação pública ao local está suspensa, mas os trabalhos internos continuam de acordo com protocolos de segurança e higiene como medida de combate à transmissão do novo coronavírus.

25/07/2020

A equipe do hospital veterinário elaborou um enriquecimento ambiental para os periquitos-de-encontro-amarelo que utiliza bandejas de ovos e alimentos que pertencem a dieta das aves, com o objetivo de mudar a rotina do plantel e promover maior bem-estar aos psitacídeos.

Com a supervisão da bióloga, Isabela Alves de Lima Sakita, a atividade foi desenvolvida pelos tratadores e o resultado pode ser visto no mais novo episódio da série Bastidores do Zoo. “O enriquecimento ambiental proposto foi do tipo: alimentar e cognitivo, pois o alimento foi escondido, e as aves deveriam buscar uma forma de ter acesso a ele”, comenta a bióloga. 

A equipe de tratadores utilizou bandejas de ovos para montar um embrulho, no qual os espaços foram preenchidos com uva, hortaliças, mamão, milho-verde, melão, kiwi e sementes. “Tudo que é oferecido ao plantel é previamente selecionado, deve estar fresco, lavado, cortado de acordo com o tamanho dos bicos e na quantidade ideal para nutrir cada indivíduo”, completa Isabela.

Por enquanto, a entrada de visitantes no local está suspensa, como medida preventiva contra a transmissão do novo coronavírus. Para acompanhar a rotina de trabalho no zoológico, que continua de acordo com protocolos de segurança e higiene, acesse o site e as redes sociais da Cidade da Criança.

22/07/2020

O zoológico do Parque Ecológico Cidade da Criança abriga mais de 190 animais silvestres, com origens e necessidades distintas, alguns oriundos do tráfico de animais silvestres, como os periquitos-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri). Todos dependentes dos cuidados da equipe do hospital veterinário.

As aves foram retiradas do ninho ainda filhotes, a Polícia Ambiental realizou a apreensão e destinou ao zoológico, onde cresceram sob os cuidados humanos. “É uma espécie comum em nossa região, porém os exemplares não podem voltar à natureza, já que não possuem hábitos selvagens como busca pelo alimento ou fuga de predadores. Se realizássemos a soltura, muito provavelmente, não sobreviveriam”, conta a bióloga Isabela Alves de Lima Sakita.

Esta semana a população poderá conhecer mais a respeito dos periquitos-de-encontro-amarelo que vivem no zoológico da Cidade da Criança. A série ‘Bastidores do Zoo’ irá mostrar a rotina de cuidados oferecidos aos espécimes do plantel. O local está fechado temporariamente para o público, por conta da pandemia do novo coronavírus.

“A série ‘Bastidores do Zoo’ tem o objetivo de promover uma visita virtual à população, como uma forma de lazer adaptado a situação atual, mas também é uma maneira de despertar a consciência das pessoas em relação ao trabalho do zoológico, em manter e proteger animais que dependem de cuidados humanos por diferentes razões”, comenta o coordenador do hospital veterinário Túlio Henrique do Oliveira Barcelos”.  

Além do tráfico de animais silvestres o zoológico abriga indivíduos com sequelas de atropelamentos em rodovias, órfãos, pois os pais morreram em queimadas ou sofreram com a perda de habitat, entre outros motivos que impossibilitam a reintrodução à vida livre.

Todos os exemplares são examinados pela médica veterinária Erica Silva Pellosi, que avalia as condições de saúde de cada um e em conjunto com toda a equipe do hospital veterinário determina quais as medidas para garantir a esses animais uma segunda chance sob os cuidados humanos.

Para acompanhar o trabalho desenvolvido pela equipe do hospital veterinário acompanhe as atualizações nas redes sociais oficiais da Cidade da Criança.