13/01/2017

A Cidade da Criança abriga diversos animais no zoológico, em uma área de 172 hectares, sendo 104 de Mata Atlântica inúmeras espécies também vivem livremente pelo Parque Ecológico. Entre elas, uma ave chama a atenção dos visitantes e muitas vezes são injustiçadas: o urubu.

“São aves da Ordem Cathartiformes, sendo que existem sete espécies e destas cinco são encontradas no Brasil: Urubu-rei, urubu-da-mata, urubu-de-cabeça-vermelha, urubu-de-cabeça-amarela e urubu-de-cabeça-preta, este último é a espécie mais urbanizada”, explica a bióloga Isabela Alves de Lima.

Os urubus possuem extrema importância ecológica, pois ajudam no saneamento de áreas tirando o material orgânico em decomposição da superfície do solo e evitando disseminação de doenças.

“Os urubus conseguem digerir carne em putrefação, já que o estômago deles libera um ácido gástrico neutralizante de bactérias e toxinas da carne podre. Porém, também conseguem capturar pequenos animais com as garras e abater com o bico. Além disso, podem eventualmente comer outros alimentos, como frutas, por exemplo”, destaca Lima.

A Cidade da Criança concentra uma grande população dessas aves. Elas podem ser vistas no recinto dos hipopótamos e do Lhama, no aviário e também a beira do lago. “Os urubus-de-cabeça-preta estão habituados a comer também os restos de alimentos deixados pelos animais do zoológico, apesar da limpeza diária”, acrescenta a bióloga.

Os urubus-de-cabeça-preta já residiam na mata antes da construção do parque. De acordo com Lima eles estão em seu habitat natural e ajudam a diminuir doenças que carnes em putrefação poderiam passar para humanos, como botulismo, cólera e antraz.

“Estas aves, como todas as outros animais silvestres e de vida livre, são protegidas pela Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1.998, artigo 32 que diz que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos possui uma pena de detenção, de 3 meses a 1 ano e multa.” ressalta Lima.