Especial Zoo: Bugio-preto possui vocalização alta e passa dois terços do dia em repouso

15/09/2017

O bugio-preto (Alouatta caraya) do zoológico do Parque Ecológico Cidade da Criança é conhecido como ‘Remi’, meigo e carinhoso com os tratadores, o primata adora comer flores de hibisco e repousar durante o dia.

 

‘Remi’ foi trazido pela Polícia Ambiental em 2006, encontrado agarrado a sua mãe já em óbito, o animal foi cuidado e criado pelos funcionários do hospital veterinário da Cidade da Criança. Acostumado à presença de humanos costuma pedir carinho aos tratadores.

 

“Ele é capaz de pedir e receber carinho o dia todo, porém, ele não gosta muito de pessoas desconhecidas ou barulhentas. Ao visitar o ‘Remi’ os visitantes precisam evitar fazer barulho e não devem tentar incomodá-lo com gravetos, objetos arremessados ou outras coisas a fim de tentar acordá-lo ou fazer com que se mova”, salienta a bióloga Isabela Alves de Lima.

 

A vocalização do bugio é muito característica, o som emitido serve para demonstrar dominância da área em que habita e também comunicação entre os animais do grupo que vivem em até 15 indivíduos.

 

Com aproximadamente 11 anos de idade, o bugio mede cerca de 70 centímetros além dos 80 centímetros de comprimento da cauda e passa dois terços do dia em repouso.

 

São animais fortes e robustos, a cauda traz equilíbrio e maior mobilidade já que os ajuda a se pendurar nos galhos. A coloração varia conforme a espécie, o macho da espécie Alouatta caraya é preto enquanto a fêmea e os filhotes são de cor amarronzada-ruiva.

 

Adorado por todos os funcionários do hospital veterinário, ‘Remi’ recebe atenção especial no preparo da alimentação. A zootecnista Glenda Rosa Siqueira Santos revela que o animal come legumes cozidos, verduras e frutas. “Para complementar a dieta ele recebe uma ração especial para primatas”.

 

Enriquecimento Ambiental

Para proporcionar bem-estar aos animais do zoológico da Cidade da Criança algumas técnicas de enriquecimento ambiental são desenvolvidas regularmente com os animais. ‘Remi’, por exemplo, já recebeu um cobertor para se aquecer no inverno.

 

Um cobertor foi oferecido no início da estação mais fria do ano, outra técnica aplicada com o primata foi o enriquecimento ambiental alimentar, a bióloga lembra que a comida “foi colocada em sacos de papel ou caixas de papelão”. Foram oferecidos também brinquedos como ursos de pelúcia, bola e pneu. “Variamos a técnica para que ele não fique entediado”, destaca Lima.

 

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