Cidade da Criança reabilita e devolve à natureza filhotes de gambás-de-orelhas-brancas

16/12/2020

Dois filhotes de gambás-de-orelhas-brancas (Didelphis albiventris) foram devolvidos à natureza pela equipe multidisciplinar do Parque Ecológico após serem tratados no Hospital Veterinário da Cidade da Criança. Eles foram soltos em uma área de mata, depois de cerca de quatro meses de reabilitação.

 

Resgatados pela Polícia Ambiental após serem encontrados junto à mãe, que já estava morta, foram transferidos para a Cidade da Criança em setembro. “Essa espécie sofre muito com ataques humanos ou de animais domésticos, pois passou a ser vista em áreas urbanas com maior frequência, em decorrência da perda de habitat”, comenta a bióloga Isabela Alves de Lima Sakita.

 

A equipe do hospital veterinário acompanhou o desenvolvimento dos filhotes. A partir do momento que passaram a ingerir frutos, e outros alimentos sólidos, os filhotes foram transferidos para um recinto, no qual o contato humano passou a ser evitado.

 

“Como eles foram criados na mamadeira era importante observar se eles conseguiram comer, buscar abrigo e explorar o espaço. Na última etapa de reabilitação, antes da soltura, nós montamos um recinto com galhos e folhas, simulando o ambiente natural e escondemos o alimento para que eles encontrassem sozinhos”, explica a veterinária Érica Silva Pellosi.

 

São animais noturnos, então a equipe contou com a ajuda de armadilhas fotográficas para acompanhar as atividades remotamente. “As câmeras são ativadas por sensores de movimento, assim a presença humana, que poderia interferir no comportamento dos animais, não era necessária. Graças a esse material conseguimos concluir que eles estavam aptos a reintrodução à natureza”, revela a veterinária.

 

Regularmente a Cidade da Criança recebe animais oriundos de vida livre, que foram encaminhados por órgãos competentes e necessitam de atendimento especializado. “A maioria retorna à natureza, outros infelizmente não sobrevivem e alguns permanecem sob os cuidados do zoológico ou de outras instituições semelhantes”, conclui Pellosi.  

 

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